Ode ao "EU"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

No último dia 09 do mês de Outubro de 2010 o grupo POEMA (Poetas de Marituba) cometeu um ato histótico e fundamental. Mas e aí?.
A formatação de sua primeira antologia como grupo (e segunda em se tratando de poetas da cidade) foi fruto de um esforço e dedicação suprema de alguns dos seus poetas.
A colaboração de onze poetas ( nem a metade dos que existem na cidade) mas mais da metade do que conhecemos que escrevem prova que Marituba tem vocação pras artes (sobretudo marginais) e não se cala para falta de infra estrutura ou incentivo por partes de quem poderia ser parceiro. Há de se chegar lá.
Se o Grupo conseguiu se superar e entregar uma bela antológica (rica pela diversidade de estilos entre os poetas) ainda precisa mostrar que pode seguir como bandeira da vanguarda na cidade e expandir suas ações para um foco ainda maior no diálogo com lugar do qual representa.
Dois clichês precisam ser superados para isso. O Centralismo em ações sempre com a mesma lógica fechada (arte para artistas) sempre na fadada (fundamental logicamente) praça da Matriz e em casas de amigos. E também a divisão interna que historicamente racha o grupo e não se produz mais nada.
Admistratar o ego entre artistas é uma arte por si só.
Talvez a melhor maneira de trabalhar isso é o próprio artistas entender qual a razão da haver um grupo e suas aspirações. O equilibrio entre a sabedoria de pensar na razão existencial do grupo e a inteligência de organizar esse grupo sem qualquer negatividade, embate ou nercicismo é essencial para sua perpetuação ( mesmo que historicamente grupos assim não sobrevivam por tantos séculos).
O grupo poema nasceu com um fundamental anseio supremo. A integração entre os poetas. Conseguindo saciar suas razões de existir, o grupo precisa mostrar que não se resume ao aglomerado de poetas se auto proclamando (ou auto declamando) e ser sem soma de dúvida relevante como interventor e causador (como grupo) de conversações e alterações na lógica cotidiana da cidade.
O Poema têm uma grande responsabilidade. Continuar sendo o farol para artistas de uma cidade onde o desequilibrio e o ego soterram muitos dos talentos e visionarismos existentes. Agindo como uma mão puxando esses (escurecidos por si mesmos) artistas e joga-los na luz (a antologia é a prova disso) do olhares que estão de fora (?) mas que são absolutamente o foco e para onde nossas setas miram é um sina de deve ser invulnerável. Ou será só fazemos poemas para aqueles que julgamos "escolidos" ?
O Diálogo com o mundo (até mesmo para o mais excentrico poeta) é sempre sua razão (mesmo que secundária) e o nacimento de um GRUPO DE POETAS  de Marituba reune exatamente esse sonho em forma de ATO. Onde o EU deve dar lugar ao NÓS.
João Leno Lima
26-10-2010

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