ACORDE

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

 

Ao Léo

 

Há um resto de uma múltipla existencialidade nessa tarde,

frascos contínuos se decaindo,

- como gotas sobre um piano -

em indecentes posições poéticas inabitáveis,

na fragrância de um lapso,

na perplexa palidez da aparecia.

Á mil horas atrás um poeta que amava as cordas usou elas

para seu último delírio, e nós, chocados com a música,

nos tornamos rádios ambulantes,

sintonizadas ao mesmo tempos com a freqüentes lembranças

ultra contínuas do amanhecer...

 

 

 

Por: João Leno Lima

05-12-2011