Nem tão profundamente
Nem tão efêmera
Esferas gigantes sobre os corpos
Longas diálogos paridos de
Madrugadas.
Rasos espasmos
Súbitas entrecortações.
Descanso...
A alma humana inquieta-me.
Suas longas caldas pesadas.
As obrigações diárias da comunhão.
O olhar que fascina e agride.
a boca que sussurra e despedaça.
Funesta biblioteca de olhares.
meu deus!!!!!!!!!!! Seres humanos
são a constatação de um caos
Múltiplo, invarialmente vasto,
Suas longas pernas levam ao seu
próprio abismo, suas asas se quebram de encontra a
outras asas, e quem ousa discordar?
poeta?
assumo!
um congresso de formigamentos
transcendentais leva-me a escrever!
mas poderia levar-me a fugir rumo ao
Trem oculto que passa pelo meu
cérebro, mas poderia me lançar rumo a
uma estaca de sensações horrendas e
risível.
Mas nao, como que empalhado pelo meu
próprio delírio, trasncrido-me e
vomito silêncios na rua Julio cordeiro até a Bezerra Falcão e lá
entro numa vala varando as
madrugadas ao mesmo tempo que estou
desacordado num cama vazia feita de confim.
As relações humanas tem qualquer coisa de esquizofrênica,
Os conflitos como guerras frias onde a
bomba está na ausencia visceral da
verdade, espaços conquistados e
reconquistados diariariamente,
Invasão de combois subestimadores
planejam ocupar aquilo que parece
inerte e sem vida.
Apavora-me as conclusões mais
extremas que a alma humana é uma cão
salivando selvageria canibalesca de
desejos mundanos e sexuais
interplanetarios, fusao de quebras
de braços e abraços sensiveis.
ah
alma humana! ah minha alma!
devo calar-me e continua a me ouvir
aqui, num fosso,tunel-trilho,corredor-rua,
buraco-passagem pode debaixo da rua,
por cima da caixa d água, dentro da
praça, atrás de igreja, varando os
Livros da biblioteca, o cu dos
Travestis espalhados para receber
amor na Fernando Guilhon, as saias
das nifetas sedentas pela engravidez
invisivel, os dreads dos malucos
bebados e a bíblia dos protestantes
de si mesmos, os colégios
Analfabetos de espiritualidade e as
Ruas-lamas na porta de casa, os
Teatros transformados em circos
engravadatados e os cemitérios mais
numerosos que os burburinhos
funebros das segundas feiras!
meu deus..a alma humana é capaz de
salvar um pássaro em vez de si mesmo
ao mesmo tempo que é capaz de
aprisioná-lo com retoques de
crueldade poética típica das
crianças,
deixa-me ir poema!
quero apenas terminar esses versos
maldosos e ilegíveis com a certeza
que ao terminá-lo tudo voltará a ser
a eterna procura pelo verdadeiro
sentido da alma humana.
João Leno Lima
06-12-2010
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