Re_Trato

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

 

 

 

Nem tão profundamente

Nem tão efêmera

Esferas gigantes sobre os corpos

Longas diálogos paridos de

Madrugadas.

Rasos espasmos

Súbitas entrecortações.

Descanso...

 

A alma humana inquieta-me.

Suas longas caldas pesadas.

As obrigações diárias da comunhão.

O olhar que fascina e agride.

a boca que sussurra e despedaça.

Funesta biblioteca de olhares.

meu deus!!!!!!!!!!! Seres humanos

são a constatação de um caos

Múltiplo, invarialmente vasto,

Suas longas pernas levam ao seu

próprio abismo, suas asas se quebram de encontra a

outras asas, e quem ousa discordar?

poeta?

 

assumo!

um congresso de formigamentos

transcendentais leva-me a escrever!

mas poderia levar-me a fugir rumo ao

Trem oculto que passa pelo meu

cérebro, mas poderia me lançar rumo a

uma estaca de sensações horrendas e

risível.

 

Mas nao, como que empalhado pelo meu

próprio delírio, trasncrido-me e

vomito silêncios na rua Julio cordeiro até a Bezerra Falcão e lá

entro numa vala varando as

madrugadas ao mesmo tempo que estou

desacordado num cama vazia feita de confim.

As relações humanas tem qualquer coisa de esquizofrênica,

Os conflitos como guerras frias onde a

bomba está na ausencia visceral da

verdade, espaços conquistados e

reconquistados diariariamente,

Invasão de combois subestimadores

planejam ocupar aquilo que parece

inerte e sem vida.

 

Apavora-me as conclusões mais

extremas que a alma humana é uma cão

salivando selvageria canibalesca de

desejos mundanos e sexuais

interplanetarios, fusao de quebras

de braços e abraços sensiveis.

 

ah

alma humana! ah minha alma!

devo calar-me e continua a me ouvir

aqui, num fosso,tunel-trilho,corredor-rua,

buraco-passagem pode debaixo da rua,

por cima da caixa d água, dentro da

praça, atrás de igreja, varando os

Livros da biblioteca, o cu dos

Travestis espalhados para receber

amor na Fernando Guilhon, as saias

das nifetas sedentas pela engravidez

invisivel, os dreads dos malucos

bebados e a bíblia dos protestantes

de si mesmos, os colégios

Analfabetos de espiritualidade e as

Ruas-lamas na porta de casa, os

Teatros transformados em circos

engravadatados e os cemitérios mais

numerosos que os burburinhos

funebros das segundas feiras!

meu deus..a alma humana é capaz de

salvar um pássaro em vez de si mesmo

ao mesmo tempo que é capaz de

aprisioná-lo com retoques de

crueldade poética típica das

crianças,

 

deixa-me ir poema!

quero apenas terminar esses versos

maldosos e ilegíveis com a certeza

que ao terminá-lo tudo voltará a ser

a eterna procura pelo verdadeiro

sentido da alma humana.

 

 

 

 

 

João Leno Lima

06-12-2010

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