30 de outubro de 2010
O meu coração relicário,
Guardou em meio à bagunça de estrelas
A imagem dos teus olhos de luas,
Minguantes pedras sisudas
Que como em uma pintura de Modigliani,
Os olhos são de abertos traços vagos, ébrios, boêmios e pagãos.
E após encontrá-los perdidos em mim
E fitá-los outra vez como uma criança ou um ser sem defesa,
Decidi jurar-lhe que eternamente, contaria as vagas fases de forme e cor,
Dos teus olhos de luas.
Para que penosamente possa ganhar
Ao menos uma vez em um mês,
A noite inteira, de uma lua cheia, de teus olhos plácidos.
E terei então o noturno gozo de te ter a fitar-me...
Com a luz dos olhos teus.
Samara Pinto.
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