PELA NÃO DIVISAO DO PARÁ

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Por: Cybernic

 

Ser um país continental tem suas desvantagem, quando isso serve de desculpa política para explicar a péssima distribuição de renda e o descaso com que a esmagadora população é tradada na maioria dos estados da federação.

 

O Estado do Pará pode ser chamado de um estado continental, são quase 150 municípios, terra farta porém de um povo pobre, carente, abandonado, quando sua região não traz nenhum atrativo de investimento - digo - interesses financeiros.

Em maio de 2011, a câmara dos deputados aprovou a autorização do plesbicito sobre a  divisão do estado.

 

Dividir o estado resolverá os problemas de distribuição de renda, conflitos de terras, impunidade exacerbada, trabalho escravo, violência, entre outras graves problemas do estado?

 

Minha resposta é NAO.

 

É preciso estar ciente primeiro. É notório que o estado sofre com um grande problema em âmbito nacional, a corrupção. É preciso confessar também que os governos tem se mostrado elitistas, propagandistas e limitados nesses anos e que a população - mesmo num estado ricos de terras, minerais, com grande possibilidade de turismo (se houvesse uma politica mais inteligente e menos oportunista quanto a isso) com forte peso cultural no país, mesmo assim, seja uma terra onde reina a ausência do básico para qualquer ser humano viver.

 

Acreditar que divisão do Pará, trará benefícios - como a melhoria da distribuição de renda - é ingênuo com relação a lógica do capital e a cultura da corrupção desse país. A divisão do estado (Carajás, tapajós) so interessa a uma determinada classe politica. A burguesa política vigente que festejará mais dinheiro entrando em seus bolsos abarrotados. Será como repartir metade de um bolo de um grande banquete e somos nós (Paraenses) o prato principal.

 

Ingenuidade explorada que também deve ser a tônica da campanha Pró separação. A população dessas regiões certamente ouvirá argumentações como que a divisão melhorará as infra estruturas das suas cidades, haverá mais dinheiro da união, mais geração de prego, menos...desigualdade.

Uma falácia sem tamanho. Seguindo essa lógica, estado como Acre ou Sergipe (o menor estado do Brasil) seriam os mais ricos e na verdade, são exemplos contrários. A falta de reformas políticas, previdenciária, agrária, com investimentos robustos em educação, seria (talvez) capaz de romper com essa rasga mortalha cultural que é a politica feita nesse país.

 

É preciso a população entender: O estado - como administrador - falhou, a população falhou - como conivente e comprada - partidos e ideologias são meras caricaturas do que um dia se pensou que poderiam ser - portas de entrada para discussões sérias - a divisão do Pará não mudará o curso desigual do capitalismo e a lógica do lucro que tem na medíocre distribuição de renda dos estado uma sombra cotidiana. Mesmo com uma natureza exuberante,  a natureza sua - como unidade federativa - é uma lástima.

 

NÃO A DIVISÃO E SIM AS REFORMAS JÁ

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